A personagem Quitéria, arquétipo investigado e praticado pela carne que me constitui, traz a violência desmedida contra o feminino feminino, ambientada no século XVIII.
Na pesquisa fui auxiliada pelas mentes abertas de historiadoras maranhenses, especialmente pela dedicação incansável de Maria da Glória Guimarães Correia. Glorinha, como é conhecida, me propiciou também um ensinamento para considerar nesta vida. Ao fazer contato com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul a chefe do departamento de história corrigiu meu pedido, para que me ajudassem com a pesquisa, indicando que procurasse aqui, na minha ilha predileta, a maior autoridade no assunto sobre mulheres trancafiadas de modo criminoso e forçado em nosso passado tristemente não reconhecido. Pobreza no pensamento que desconsidera que o melhor esteja em nossa aldeia, pedi desculpas pela ignorância, e retomei o contato com uma amiga de juventude artística. Torço para que estejamos juntas em novos processos.
Quem estiver lendo informe-se sobre quem foi Quitéria, peça desculpas se não souber até agora quem é ela, e louve as produções maranhenses. Não se envergonhe em pedir desculpas.
Ensaio "Quitéria & Inês" (Marcos Caldas, 15/03/2019) |