domingo, 25 de novembro de 2018

corpo_voz-crianças


Convite para apresentação de EP que será postado na plataforma Spotify  
Criançada com acesso livre!
Algumas respostas...

-Do que se trata o corpo_ voz- sonoridades para crianças?
Considerando a infância como dotada de inteligência criativa propomos o corpo que vivencia atuação com sonoridade. Com financiamento feito pelo próprio coletivo estamos gravando e mixando, com apoio do musicista João Simas, as composições musicais, especialmente de Eline Cunha, reconhecida guerreira da área sonora e integrante do Teatrodança desde 1998, presentes nos trabalhos “Bicho solto buriti bravo”, “O cerro do Jarau”, O Baile das Lavandeiras”, “Mundo imaginário de Juju Carrapeta”, e o pioneiro construído para infantes intitulado “Popotitodó”. Convidamos para que experimentem apresentação de EP na plataforma Spotify!                            
-Processo do registro das partituras de corpo e voz para crianças?
A ideia surgiu em janeiro quando vimos que “Bicho solto” estaria completando 20 anos da estreia no Rio de Janeiro. Percebemos a urgente necessidade de documentar os processos não como literatura dramatúrgica, como tenho realizado através da seleção em editais, mas postando em canal digital para que as crianças, e cuidadores, tenham livre acesso. Resgatamos as musicalidades, feitas novas partituras passamos para as práticas corporais, e convidamos mulheres que aceitaram nosso convite para trabalhar grátis em prol do bem comum. LABORARTE e BURITECO aceitaram carinhosamente as apresentações, e agora lá vamos nós com comidinhas veganas e regionais, brincadeiras e musicalidades para encantar as sensibilidades do corpo.   
                      

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Autenticidade imperativa


 
Nesta vida persisto como uma virose dançante. E ainda consigo forçar entendimentos para serem pensados. Por exemplo, quando trabalhei com Julia Varley, mestra maior do teatro antropológico, percebi sua briga pelo lugar feminino da dramaturgia, e comprei a briga. Basta observar na ilha onde escolhi viver até agora (períodos obscuros nos aguardam...)
Para sobreviver faço parcerias com quem aceita. Passe os olhos em nossa trajetória e vai encontrar artistas de variadas procedências e vivências. No próximo mês retornaremos ao LABORARTE, passos iniciais dados em 1977 quando estive na fundação, e agora pelas mãos de Rosa Reis e suas filhas multiculturais.    
No final dos anos 1990 fechei a Oficina do Corpo e corri mundos. De lá para cá trabalho em periferias. Quando a Oficina foi fechada coreografamos Vladimir Maiakovski para dizer como necessariamente todo dia o sol se levanta, e com Gregório de Matos montei o trabalho Espirais, 2004, considerando a cena para discussão dos problemas coletivos.
A tristeza em perceber atitudes de fuga, apatia, desmonte. Sem forças contra o poder do capital, que nos tornou um país dependente, leiloado, destruído, espoliado.
Na atualidade perseveramos vendo o martírio das culturas que salvam. O imaginário das crianças preservados, sem lamentações. Se somos embragadas hoje, amanhã se dança nua; se põe tarja se coreografa de novo. A cena para além da representação.
Minha compaixão irada vai quem produz mediocridades.   
Mulher bárbara é o nosso tempo que se abate sobre nós, na trilha de Christa Wolf, e sou uma. Porque virão outras depois de nós...

Janela Cultural bloco 1
https://www.youtube.com/watch?v=J0-iGaJSABA&t=41s

Janela Cultural bloco 2
https://www.youtube.com/watch?v=mR0RbAlDxK8&feature=youtu.be

Em agosto deste ano jupiteriano, como boa leonina, ganhei esta conversa registrada pela Universidade FM, a rádio que toca a nós todas.